
Práticas Mais Seguras e Responsáveis
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O café é uma das commodities mais consumidas e valorizadas no mundo, e a indústria cafeeira, assim como a agricultura no geral, enfrenta desafios significativos em termos de sustentabilidade ambiental e social. Algumas práticas podem ser adotadas para preservar o meio ambiente e diminuir a disparidade social na produção de café, dois problemas que são responsáveis por mais de 90% da saúde e condições básicas de cidades e florestas.
Os consumidores também têm um papel importante a desempenhar ao escolher cafés produzidos de forma sustentável, apoiando iniciativas que buscam equilibrar os aspectos econômicos, ambientais e sociais, no nosso caso relativos à indústria cafeeira, mas existe essa preocupação para alimentos de uma forma geral.
Muitas vezes as práticas mais conscientes podem até ser aplicadas, mas não estão explicadas de forma a influenciar nas decisões de fato, ou a informar o quão grande esse impacto é sentido por todos os seres vivos. Então aqui vai uma lista de boas práticas sustentáveis que o Sítio São Joaquim aplica na produção de cafés especiais que se encaixam a sustentabilidade social e ambiental:
- Secagem natural sem uso de água: Em vários processos que o café passa após ser colhido, a água é importantíssima e responsável por parte determinante, por exemplo no despolpado, ou lavado. A água é o recurso que literalmente descasca o café, a quantidade de água e a pressão que passa entre as frutas que retira, no primeiro caso do despolpado, até mesmo a polpa, já o lavado o café ainda fica melado da polpa. Enfim, a água pode ser usada em grandes quantidades para conseguir lavar um lote inteiro e processar dessa forma.
- Uma abordagem sustentável é a secagem natural, em que os grãos de café são espalhados ao sol em terreiros de cimento ou suspensos, sem o uso de água, preservando a polpa e a casca. Esse método não apenas economiza recursos hídricos preciosos, mas também contribui para, quando bem feito, preservar a qualidade e os sabores característicos do café da região. Nada como um belo natural bem feito!
- Colheita manual com remuneração elevada: A indústria do café tem no seu histórico marcas profundas de abuso de mão de obra barata e condições de trabalho desfavoráveis ao ser humano. Muitas vezes substituída por máquinas que trabalham muito mais rápido que uma equipe inteira e que precisa de apenas um operador no veículo.
Para promover a sustentabilidade social, é essencial garantir a remuneração justa e digna dos trabalhadores envolvidos na colheita dos frutos do café, até porque estamos falando de uma colheita bem mais seletiva. A colheita manual, além de gerar empregos com melhor valor pago, permite uma seleção bem mais precisa de frutos maduros, resultando em cafés de melhor qualidade. Lotes raros, bem como o nome já diz, vem de um controle mais rigoroso na hora da colheita e de um processamento muito bem feito.
- Produção em escala menor: A produção em escala menor, também conhecida como café de especialidade, é uma forma por si só mais sustentável, que busca aprimorar a qualidade e o valor agregado do café, em vez de apenas focar na quantidade produzida. Essa prática valoriza a diversidade de sabores, respeita o meio ambiente e permite uma relação mais direta entre produtores e consumidores, promovendo uma cadeia de suprimentos mais transparente e justa.
- Gerar matéria orgânica com poda de árvores para cobrir o solo e aumentar os microrganismos: Além de fazer a poda natural para dar força e vigor pro crescimento da banana e de outras culturas na fazenda, o que sobra dos galhos e folhas vai ajudar na alimentação e saúde do próprio solo nas linhas do café. A saúde do solo preservada com manejo orgânico ajuda a proliferar microrganismos do bem que ajudam das raízes aos frutos a serem mais saborosos e saudáveis.
- Assim como o Sítio São Joaquim, os pequenos produtores estão em todo lugar: A maioria dos produtores de café em todo o mundo são pequenos agricultores, muitos dos quais enfrentam desafios socioeconômicos significativos. Promover a sustentabilidade social significa valorizar e apoiar esses pequenos produtores, oferecendo-lhes acesso a recursos, treinamentos e assistência técnica, para que possam melhorar sua produtividade e qualidade, além de obter melhores condições de vida e trabalho.
- Uso responsável de agrotóxicos: Quando o uso de pesticidas e herbicidas é necessário, a agricultura sustentável busca o uso responsável desses produtos, seguindo as boas práticas agrícolas, aplicando-os em doses adequadas e respeitando os períodos de carência para que seja de consumo seguro a todos.
Ao adotar essas práticas de sustentabilidade no café é possível reduzir o consumo de água, promover a igualdade social e melhorar a qualidade do produto final. Além disso, os consumidores também podem procurar por selos de identificação de origem, selos ambientais como o UTZ, e mais seguro ainda é comprar direto com o produtor todos os alimentos que consumimos com frequência em nossas vidas. Ao consumir com os pequenos produtores, a nossa saúde agradece e a economia gira de forma mais justa.